Empreendedorismo e Inovação

O mercado mudou? Adapte-se!

Presenciamos mudanças constantes no mundo dos negócios e no mercado de trabalho. Para sobreviver nesse cenário e ter sucesso, a adaptabilidade é peça fundamental do jogo.

Quanto mais tecnologias surgem, mais propício se torna o ambiente para mudanças drásticas na forma como produtos e/ou serviços são consumidos. Por isso, os profissionais precisam se adaptar aos movimentos do mercado e entender como os ciclos de vida dos produtos cada vez mais rápidos devem impactar tomadas de decisão.

O ciclo de vida de um produto

Para aumentar suas receitas e destacar-se no mercado, uma empresa precisa oferecer produtos e/ou serviços com apelo e demanda. Porém até o mais bem sucedido produto ou serviço chega ao seu limite, ao fim do seu ciclo de vida, e dá lugar a novas soluções buscadas pelos clientes.

A ideia do ciclo de vida de um produto ou serviço foi desenvolvida por Theodore Levitt, economista alemão e professor da Harvard Business School. Ele propôs um modelo de cinco fases para caracterizar esse processo: desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio. 

A partir do momento em que a empresa entende em que fase o seu produto e/ou serviço se encontra, fica mais simples traçar a melhor estratégia de negócios.

Desenvolvimento

Durante a etapa de desenvolvimento do produto ocorre a sua concepção e a definição da forma como ele gerará receita à empresa. São feitos testes no mercado para validar a proposta e entender a melhor maneira de divulgá-lo e atingir o público-alvo. É uma fase crucial para o sucesso da empreitada e até mesmo para economizar tempo e recursos da empresa, caso o produto não se prove viável.

Introdução

Inicia-se no lançamento do produto e vai até o momento em que começam a aparecer alguns possíveis clientes interessados em conhecer mais a fundo sobre ele. Não necessariamente se convertem em clientes, mas a empresa ganha certa visibilidade quando a introdução se dá a partir de um bom planejamento estratégico para divulgação – feito na fase anterior.

Crescimento

Aqui, as vendas aumentam e a concorrência começa a se preocupar com o novo produto fazendo barulho no mercado Conforme a empresa cresce e é reconhecida no mercado, o produto e/ou serviço ganha mais visibilidade e amadurece sua estratégia de vendas para ganhar escala. Para o crescimento ser expressivo, é preciso traçar boas estratégias de marketing e ter um time bem preparado para lidar com o crescimento e divulgação.

Maturidade

O crescimento se estabiliza, e a empresa vê a performance de vendas de seu produto ou serviço em voo de cruzeiro. O maior desafio é esse: manter bons resultados em longo prazo, tendo em vista que os desejos, necessidades e expectativas do mercado estão em constante adaptação. Muitas empresas falham aqui e começam a relaxar, reduzindo seus investimentos em marketing e com pesquisa e desenvolvimento para aprimorar o produto que está no mercado. Entrar na zona de conforto e não prestar atenção nos concorrentes que estão evoluindo pra tomar sua participação de mercado é um erro crucial.

Declínio

Assim como tudo tem início, meio e fim, aqui encerra-se também o ciclo de vida do produto. As vendas começam a cair – seja por uma mudança estrutural no segmento da empresa ou do produto ou pelo lançamento de um produto concorrente que conquista grande participação no mercado. É muito importante se preparar para enfrentar essa fase e lidar com a queda das vendas e diminuição do lucro. É hora de sentar com calma, analisar indicadores e as demandas do mercado e buscar novas soluções.

Planejamento fechado: segurança ou risco?

Quando uma empresa, produto ou serviço é criado, há sempre dúvidas sobre o seu sucesso e a incerteza de se firmar no mercado. Pensando nisso, é importante traçar planejamentos e estratégias para atingir metas de curto, médio e longo prazo.

Muitas vezes, problemas surgem por fazer planejamentos estratégicos rígidos, com escopos fechados a alterações ou que aceitam alterações apenas após todas as entregas serem feitas. Isso é um risco, pois o mercado está mudando continuamente com as novas demandas dos consumidores, e novas tecnologias aceleram ainda mais esse processo. 

A partir do momento em que o planejamento é feito sem chances de ser alterado, o concorrente dá um passo à frente e a empresa fica para trás. E a conclusão que se tira disso tudo é que imprevistos são inevitáveis e nós precisamos saber lidar com eles, sejam frutos da concorrência, da falta de verba, de uma crise econômica ou até mesmo de uma pandemia. É importante não ter medo de mudar, se adaptar e propor melhores soluções para seus projetos. A inovação não se faz de forma rígida.

Os ciclos de vida dos produtos estão mais curtos?

Todo produto deve estar de acordo com o ambiente mercadológico no qual se insere – não faz sentido lançar um novo tipo de orelhão em 2021, com a disseminação dos smartphones no mundo atual. E no mercado que vivemos hoje, as tecnologias aceleram cada vez mais o desenvolvimento de novos produtos e serviços e criam novas demandas e soluções.

Com isso, muitos serviços e produtos alcançam resultados incríveis, mas são utilizados em um curto período de tempo. Isso explica as mudanças contínuas do que está em alta e do que está ultrapassado. Poucas empresas vão lançar produtos campeões por décadas, que mantêm seus resultados e a demanda durante todos esses anos.

Um bom exemplo para entendermos esses movimentos é a forma como nós passamos a consumir o serviço do App Uber. Em janeiro de 2020, a Uber parecia ser uma solução perfeita e que sempre teria alta demanda, certo? Eis que chegou a pandemia da Covid-19, e as pessoas passaram a sair muito menos de casa.

E o iFood e seus concorrentes, que se tornaram melhores amigos de muitos desde março de 2020? Era possível imaginar a alta de demanda que teriam a partir da nova realidade que vivemos com a Covid-19? Se ambas as empresas tivessem escopos fixos, talvez não conseguiriam se adaptar a esse novo momento, seja focando em novas estratégias para manter o faturamento ou reforçando a estrutura para atender uma demanda absurda que chegou repentinamente.

E nada disso significa que os aplicativos que usamos hoje serão usados no futuro. Portanto: adapte-se!

Filosofia ágil: lidando com as incertezas

Para tornar-se aliado das incertezas e usá-las a seu favor, é importante entender o que propõe o Manifesto Ágil. Com seus 12 princípios, ele propõe um novo mindset e novas práticas para maximizar resultados de projetos e conseguir fazer mudanças de escopo e reajustar estratégias diante de imprevistos.

Ele nos ajuda a encarar as incertezas ao reconhecer como a utilização de processos, ferramentas e planos flexíveis é essencial para o sucesso do projeto. Para isso, precisamos valorizar a interação entre o time, priorizar o bom funcionamento do produto, promover a colaboração intensa entre empresa e cliente e responder rapidamente às mudanças.

Adaptabilidade e sobrevivência

Segundo estudo realizado pelo LinkedIn, a adaptabilidade foi a quarta competência mais desejada pelas empresas em 2020. Muitas empresas sofrem por não valorizar e usar essa competência como deveriam. Muitas vezes, fica claro que isso ocorre por não quererem sair da zona de conforto e inovar. Porém muitas sabem o que deve ser feito, mas não conseguem se adaptar.

Praticar a adaptabilidade é mais complexo do que parece e requer mudança de mindset, trazendo o foco para as exigências dos clientes e a realização de entregas funcionais, pequenas e frequentes. Difícil ou não, é preciso começar de algum lugar e praticar a adaptação, tornando-a parte ativa das carreiras dos profissionais e da cultura das organizações.

Por isso, a Arbache Innovations oferece o desenvolvimento de Planos de Desenvolvimento Individuais (PDIs). Com eles, cada profissional entende o que deve ser feito para se desenvolver e aprimorar suas soft skills, com um direcionamento claro para atingir as metas da sua carreira.