Existem estudos na área de inteligência artificial (IA) que datam de meados de 1920. No entanto, esse conceito se aproximou fortemente do mercado a partir da disseminação das tecnologias envolvidas na Revolução 4.0. Junto com a IA estão outras tecnologias, como a internet das coisas (IOT), manufatura 3D, computação na nuvem e big data.
Ela é uma das tecnologias disruptivas capazes de mudar drasticamente o funcionamento das organizações e suas áreas. Em recente publicação da PwC, estima-se que o mercado dessa tecnologia chegará a cerca de US$ 70 bi.
O uso da inteligência artificial vai além da automação, podendo abranger processos cognitivos e a capacidade de aprendizagem. Nesse sentido, um sistema de IA pode auxiliar em operações repetitivas, mas também naquelas que envolvem análises e tomadas de decisões.
A inteligência artificial está ligada diretamente a outras soluções tecnológicas, como algoritmos, redes neurais, machine learning, robótica, entre outras. Com isso, ela consegue simular potenciais e capacidades humanas relativas à inteligência.
Ela faz parte de um campo da Ciência de Dados que busca entender como as máquinas podem fazer atividades humanas de modo autônomo. Não é nossa intenção aprofundar o tema neste artigo, mas é preciso conhecer como a IA pode acelerar as transformações nas empresas.
Os benefícios oferecidos pela inteligência artificial
A IA contribui para a análise de grandes volumes de dados e ajuda na tomada de decisão mais assertiva e ágil. Isso acontece porque ela simplifica esse processo de análise, por ser orientada por dados. Ela traz organização e clareza para as análises e, se estiver relacionada a uma solução de big data, é capaz de fazer isso com dados não estruturados também.
Outra vantagem é a precisão e a capacidade de escalabilidade em fluxos de trabalho. Isso ocorre com o fornecimento de informações e relatórios que já tragam os “dados minerados” conforme a necessidade.
Além disso, por meio dela é possível realizar a automação de alguns processos e a redução de riscos e de custos na operação. Muitas organizações já observam seus subsistemas e inserem um olhar para as oportunidades que a IA podem gerar. Dessa forma, elas retiram gargalos e aceleram a produtividade nos processos.
Isso já é uma realidade em áreas como a TI, o financeiro, marketing, operação e também na área de recursos humanos (RH). Agora, vamos nos aprofundar nas aplicações da inteligência artificial dentro dos RHs.
O que a IA pode fazer pelos RHs?
O RH, também conhecido como área de Geste e Gestão, é convidado cada vez mais a se aproximar da estratégia das organizações. Para isso, primeiramente, ele precisa ter uma visão sistêmica e com foco em resultado para compreender como pode ajudar na tarefa.
É necessário embarcar tecnologias capazes de acelerar essa jornada e atender aos requisitos de seus subsistemas e operações. Também é preciso fechar as lacunas estruturais, técnicas e/ou culturais que impedem o avanço das transformações.
A IA pode ser uma dessas soluções, tanto na área de Recrutamento e Seleção, quanto na automação de operações repetitivas e cotidianas do RH. Nos processos de onboarding e desenvolvimento de talentos, a IA pode indicar trilhas de desenvolvimento adaptativas relacionadas aos PDIs dos profissionais e líderes.
Também pode ajudar a entender a capacidade instalada de seus talentos frente à tração de aceleração da empresa e o perfil dessa força. Com isso, torna-se muito mais fácil alcançar as metas das estratégias de curto, médio e longo prazos. Para isso, a coleta, o mapeamento e as análises de dados são fundamentais. Elas darão o norte para tomadas de decisão precisas, sofisticadas e com alto valor agregado.
Aplicação de inteligência artificial para mapear competências para implantação de filosofia ágil: um caso no setor financeiro
O objeto de estudo é uma empresa do segmento bancário com alta necessidade de acelerar suas áreas para a revolução digital. Isso era necessário para superar a alta competição do segmento de atuação.
Foi aplicado o Assessment SELF Agile, uma ferramenta que mapeia competências comportamentais, focando em soft skills ligadas à filosofia ágil. O processo usa IA, gamificação e storytelling para aumentar o engajamento dos usuários e a assertividade dos resultados. O SELF inseriu os profissionais foram inseridos em ambientes simulados e convidados a tomar decisões, para o mapeamento de suas competências.
Ao todo, foram analisadas seis competências, cada uma contendo quatro comportamentos específicos, em 22 líderes do banco. Na imagem abaixo, vemos o resultado da aplicação do assessment em todo o grupo:
Fonte: Acervo de relatórios de análise de dados da Arbache Innovations (2020)
A análise dos dados e as decisões tomadas
O Assessment SELF fornece relatórios completos com sugestões de ações para aprimorar as soft skills dos profissionais em suas carreiras e seus projetos. Isso permitiu a realização de people analytics e a análise de dados, que foram entregues para a organização. Os gráficos e tabelas advindos dos dados do SELF orientaram para a não inserção imediata da filosofia ágil para a equipe de liderança.
Essa decisão se devia ao fato de que a equipe tinha baixa dominância das soft skills necessárias à aplicação da filosofia ágil. Recomendou-se desenvolver essas competências antes e fazer um novo mapeamento para entender se o grupo estaria ou não pronto para a mudança de cultura.
As análises ajudaram a mitigar riscos de conflitos internos na equipe. Também se evitou desalinhamento entre expectativas e resultados, baixo engajamento da liderança e redução dos custos em contratação de novos líderes, no caso de alguns não se adaptarem e não quererem fazer parte da nova cultura. Também houve a redução de gastos com a formação de novos líderes na equipe.
O SELF trouxe clareza sobre o tempo certo para tracionar a equipe e criar uma cultura sólida capaz de transformar a filosofia ágil em resultados. Foi possível rever com precisão as estratégias da organização em relação a essa ação e tomar as melhores decisões. Com ele, adequou-se a energia e o esforço para desenvolver os líderes e prepará-los para uma mudança de cultura.
A tomada de decisão da organização garantiu coerência entre estratégia e realidade e promoveu engajamento entre os líderes envolvidos.
Aplicando o Assessment SELF para melhorar as ações do RH
Os RHs precisam conhecer melhor as tecnologias capazes de torná-los mais assertivos, ágeis e próximos das estratégias de suas empresas. Só assim será possível entrar de vez na era digital e fazer uma melhor gestão de pessoas e equipes.
A Arbache Innovations pode te ajudar nesta jornada. Com o Assessment SELF e o Trainer Game, seus processos de Recrutamento e Seleção e Treinamento e Desenvolvimento são muito mais inteligentes.
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Referências Bibliográficas:
TOTVS. O que é inteligência artificial, exemplo e aplicações. In>https://www.totvs.com/blog/inovacoes/o-que-e-inteligencia-artificial/> Acesso em setembro de 2020.
ARBACHE INNOVATIONS. Relatório de People Analytics – filosofia ágil (Acervo Arbache Innovations). São Paulo, 2020.
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