Falar sobre a diversidade está na moda, mas ela significa muito mais do que se pensa ou se reproduz no senso comum. Ela é estudada por diversas áreas da ciência e possui um grande potencial para organizações e o mercado de trabalho.
Introdução
A diversidade é tratada como um objeto científico e merece ser vista com mais profundidade e comprometimento, pois não é puro modismo. Ela está presente em diversos posts nas redes sociais e nas peças de marketing de muitas organizações, mas isso não é por acaso.
Ao longo do tempo, as chamadas “identidades plurais” são trazidas à tona através de políticas afirmativas, ganhando visibilidade na sociedade e no aparato jurídico para se consolidar com mais força. Antes de tudo, é importante saber que a diversidade engloba um misto de pessoas com identidades diferentes que convivem em um sistema social.
Esses perfis plurais podem ser minoria ou maioria e ter vantagens ou desvantagens dentro desse ambiente. Podemos analisar essa diversidade a partir de seis pontos iniciais: gênero, cor de pele, etnia, pessoas com deficiência (PCD), orientação sexual e as chamadas “dimensões esquecidas” – refugiados, expatriados e imigrantes, estética, idade e religião. Cada dimensão traz uma revisão histórica e mostra como essas pessoas se posicionam hoje na sociedade e no mundo do trabalho (ARBACHE e GUARANI, 2020).
Ao conhecer com mais profundidade as pautas e prioridades dessas dimensões, é possível estabelecer um caminho viável e efetivo para tratá-las com o rigor e comprometimento que o tema merece.
Algumas delas carecem de ações urgentes para que se possa garantir o direito da vida. No caso da homofobia e da gordofobia, que envolvem respectivamente o debate da orientação sexual e da estética, por exemplo, é colocada em risco a sobrevivência de indivíduos que fazem parte dos grupos.
O processo de evolução
No entanto, estudos mostram uma evolução oportuna para que os envolvidos sigam em frente com robustez e sintam impactos positivos. Com o acolhimento desse tema, não somente em ambientes científicos, mas também no mercado de trabalho e consumidor, abre-se uma significativa e importante chance de mostrar que a discussão do assunto e a aplicação de políticas voltadas para a diversidade são um caminho sem volta.
No livro “Responsabilidade social e Diversidade” (ARBACHE e GUARANI, 2020) são mostrados os benefícios que a força de trabalho diversa gera para as organizações, tanto para público externo, quanto para interno.
Comprovamos este fato por meio de casos que mostram o retorno sobre o investimento feito nos programas de diversidade. As organizações que enxergam esse potencial promovem a consolidação de culturas organizacionais solidárias, saudáveis, tolerantes e empáticas. Consequentemente, possuem maior engajamento e aderência com profissionais e líderes que possuem o tema como um valor inegociável.
Assim, o público interno reconhece valor na marca empregadora e se engaja em projetos e resultados que aumentam a sua produtividade e competitividade. O externo, por sua vez, entende o valor da marca consumindo seus produtos, seja porque a diversidade é um valor compartilhado ou porque os itens e serviços são bons para o consumo.
Conclusão
A diversidade viabiliza a empatia, a criatividade e a inovação. Com isso, a criação de produtos e serviços é cada vez mais requerida pelos consumidores, que por si só possuem natureza diversa. Pode até ser moda, mas nunca será errado falar e agir em prol da diversidade, pois, além de contribuir para as organizações, ela carrega valores que zelam pela dignidade humana, e disso não podemos abrir mão.
O e-book “Responsabilidade Social e Diversidade” é uma das mais inovadoras discussões em torno da diversidade, trazendo casos recentes e discussões que abordam as seis dimensões citadas no artigo. Para os interessados no tema, segue o link para o site da Editora FGV: https://editora.fgv.br/produto/responsabilidade-social-e-diversidade-3586.
Sobre a autora
Ana Paula Arbache é docente convidada dos cursos de MBA da FGV/IDE, pesquisadora de sustentabilidade e responsabilidade social e responsável por essa área na HR Tech Arbache Innovations, da qual é sócia-fundadora. Também fundou o HubMulher, um coletivo de mulheres executivas que atuam em projetos voluntários em prol de suas carreiras. Visite a página “Mundo Melhor Empoderamento Feminino”, da Arbache Innovations e tenha acesso a conhecimentos e games de responsabilidade social voltados para o ODS 5 da Agenda 2030: https://arbache.com/mundomelhor/empoderamento.
Deixe seu comentário