Paixão: é uma palavra com inúmeros significados, e paradoxalmente, pode indicar tanto o sofrimento quanto o amor intenso. Indica uma inclinação emocional violenta a ponto de ofuscar a razão que existe em nós.
Costumo dizer que a escuridão nos faz não enxergar, mas muita luz também nos cega! A paixão (ainda bem) é um estado passageiro de afeto que domina o ser enquanto o equilíbrio não se estabelece.
Acredito demais na importância da paixão pelo trabalho, que certamente tem momentos que nos desafiam, como tem momentos em que a paixão escorrega para o outro polo, que é o sofrimento.
De certo, nem todas as nossas tarefas são divertidas, e os ajustes são necessários dia após dia para calibrarmos este indicador. A sensação que tenho quando me vejo em estado de paixão, é que tudo é possível, que os caminhos são possibilidades reais do destino certo. Que a clareza e firmeza das ações são carregadas de um amor em evidência que clareia e ilumina todos ao seu redor. Se erra muito em estado de paixão, como também se produz mais. A opacidade da vida ganha contornos mágicos, e aquele ofício se torna disposição pura para a ação.
Quando percebo um profissional apaixonado pelo que explica, ensina ou realiza, sempre busco olhar mais atentamente àquela euforia (que é sempre um movimento de dentro para fora), e observo a bela transformação que este sentimento arregimenta em todo o seu entorno. Busco elogiar esta disposição, apesar de saber que a mesma não precisa de incentivos, por que a paixão simplesmente é!
Meu desejo caloroso é que tenhamos sempre perto de nós uma criatura assim, apaixonada, (quando ela não for nós mesmos), pois é alavanca certa para as incertas e durezas do cotidiano.
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