Somos Muito Aquém da Razão Absoluta…
Lendo um livro interessantíssimo, indo de encontro com a mesma filosofia do instrutor de PNL*, Steve Andreas, tenho concordado com a tese de que se não tomarmos cuidado, cada vez mais tomamos decisões sem lucidez e isenção – haja visto que, se percebermos com acuidade necessária, muito provavelmente possamos tomar decisões equivocadas e desproporcionais e afastadas da realidade diariamente.
Ter uma preferência de algo ao invés de um julgamento muda completamente o desfecho final das questões que vivenciamos todo o tempo.
Aliás, é interessante perceber que diante de qualquer fato ou situação, temos em média 10% da realidade consciente. Nossa tela mental geralmente capta melodramas inexistentes ou além da realidade. Nossa percepção se agarra a pseudo-emoções, a recordações do passado e a projeções do futuro para “concluir” uma situação.
Podemos melhorar – e muito – essa percepção da realidade. Começar a organizar a mente tal e qual possamos treinar um animal de estimação é um bom começo. Nossa mente interfere com conclusões precipitadas, nos encurralando em isolamentos emocionais fictícios, mas dolorosos na prática.
Os apegos interferem neste equilíbrio. Não podemos esquecer, que tudo está em constante transformação, e se basearmos na definição de que “naquela época era assim”, ou “minha memória não me traí”, esses relatos não trazem muita realidade para o momento presente, nem ampliam nossa percepção e análise. Anotem sim, tarefas do dia a dia. Deixem a memória livre para outros assuntos.
Tenho ouvido muita gente se definir como “Eu versus o Mundo”, o que gera frustração e medo além de fugir novamente da realidade presente. Ao invés disto, a dica sugerida é “dar as boas vindas” as oportunidades e aos degraus que são os acontecimentos que passam por nós por algum propósito nada insignificante.
Não podemos criar um Mundo utopicamente perfeito e cheio de soluções corretíssimas, (aonde o outro não tem relevância) mas podemos querer entender que o que nos acontece são degraus para o despertar da nossa jornada. E esta jornada sempre envolverá a vida dos outros também.
Expandir nossa consciência é tarefa diária, às vezes dolorida, mas nem por isso deixa de ser encantadora. Somente nós somos responsáveis pelo que sentimos e como sentimos.
O outro contribui com fatos, não com propósitos, intenções malignas ou “especialmente para te prejudicar”. Tudo sempre será uma questão de escolha – e repito, uma escolha personalíssima – de responsabilidade individual sem qualquer chance de terceirização.
Lindo final de semana prolongado,
Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.
Platão
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