O desafio de aliar competitividade e responsabilidade corporativa já faz parte do cotidiano de várias empresas, para estas, o esforço de ser competitivo com práticas sustentáveis percorre as pautas de reuniões, as pesquisas de desenvolvimento de produtos, a destinação de investimento para pesquisas e o apoio de lideranças que fomentam e apoiam estas iniciativas. A motivação para esta agenda positiva em torno da sustentabilidade é a necessidade que as empresas possuem para estarem mais preparadas para as mudanças climáticas, para as questões de gênero, para a responsabilidade frente aos direitos humanos e questões anti-corrupção.
No âmbito internacional, alguns países apresentam modelos de responsabilidade corporativa e preparo para atuar sob os vértices acima citados. Países europeus estão no topo da lista, quando o tema são as práticas responsáveis nos negócios. Desta forma, liderando temos a Suécia, premiada como a “capital verde da europa”, na sequencia estão a Dinamarca, Finlândia, Islândia e Reino Unido.
Estes países apresentam lições, nas quais a integração entre diferentes setores da sociedade, se unem para melhorar e monitorar o desempenho em termos de responsabilidade socioambiental. O governo subsidia empresas que investem nesta conduta e apresenta planejamento urbano e incentivos em consonância com esta perspectiva. Podemos listar uma série de ações implementadas nestes países como: reciclagem do lixo, reaproveitamento da água da chuva, manutenção de ciclovias em área metropolitana, uso de combustíveis renováveis em frota pública, expansão de áreas de florestas, monitoramento da qualidade da água e metas para redução de emissão de gases de efeito estufa.
Há casos de empresas que investiram cerca de 20 milhões em certificações e práticas sustentáveis, traduzindo este investimento em competitividade. Estas empresas privilegiam os bens comuns globais: qualidade do ar, clima e água fazendo uma integração em ação local, metas e objetivos alcançados.
A pequena amostra apresentada nos quadros acima, serve de referência para pensarmos inúmeras possibilidade que temos ainda para desenvolver. As empresas que ainda não responderam ao chamado global da sustentabilidade nos negócios possuem muitas ferramentas, práticas e resultados de sucesso alcançados por empresas mundiais para se alicerçarem. O importante é aproveitar as lições aprendidas de condutas sérias, legítimas, honestas e transparentes, que podem trazer para o mercado e seus consumidores uma relação mais saudável, fiel e lucrativa para ambos.
Nestes países temos a oportunidade de enxergar um verdadeiro “repositório de boas práticas”, capaz de nos dar uma boa pista de como desenvolvê-las e adaptá-las ao nosso cenário.
No Brasil possuímos muitos exemplos de empresas, que favorecem este tipo de conduta empresarial. Cada uma delas utiliza um mix diferente de práticas condizentes com o setor na qual atua e procuram minimizar os impactos de seus processos produtivos no meio ambiente e na sociedade, além de lucrar com esta conduta. A logística reversa, ou chamada politica do berço ao berço, já é uma realidade favorecida por uma legislação, as selagens e certificações como a ISO 1400 e a ISO 26000 já orientam as ações sociambientalmente corretas e práticas de governança corporativas alinhadas a esta perspectiva. Entre diferentes programas sociais e ambientais, temos um significativo empenho de empresários e profissionais que procuram adequar os seus investimentos nesta área, em ações amalgamadas à realidade brasileira e as suas reais necessidades tais como: educação, ensino profissionalizante, saneamento básico, alfabetização digital, monitoramento de mananciais, entre outros.
Empresas mundializadas já refletem suas práticas para os países nas quais atuam e possibilitam o avanço dessa conduta sustentável ético, social e ambientalmente.
Certamente levarei essa leitura para a empresa em que lidero para que possamos discutir o tema e repensar algumas pontos que podemos melhorar, obrigado por compartilhar.