Conforme comenta Savitz (2007) a nova geração de líderes desfruta de condições sem igual para enfrentar a atual crise de sustentabilidade. Seus membros são altamente educados, cultivam mentalidade global, dominam novas tecnologias e compõem a geração mais diversificada de gestores de alto nível da história. À medida que entram na idade dos quarenta anos e assumem a liderança nas empresas, na política, nas causas sociais, na academia, nas religiões, nas artes e em todas as demais esferas, trazem consigo a sustentabilidade de toda uma geração, forjada durante as crises políticas, sociais e econômicas das décadas de 1960 e 1970, assim como, mais recentemente, nos traumas cataclísmicos de 11 de setembro de 2001, do tsunami de 2004 e do furacão Katrina de 2005. Com isto, há uma nova plêiade de líderes e gestores de empresas em busca de significado social, filosófico e até espiritual, além de satisfação pessoal, para suas vidas e seu trabalho.
A década de 1980 foi de Gordon Gekko (“ganância é bom”). Já os anos 1990 foram uma década de evolução dos mercados globais, de tecnologias capacitadoras e de mercados de ações exuberantes, que criaram riquezas sem precedentes. Hoje, os líderes reconhecem a necessidade de criar organizações capazes de sobreviver e de prosperar não apenas, por um ou dois trimestres (a filosofia da matança rápida), mas durante anos, décadas e gerações.
Esta nova geração, composta de pessoas em busca de significado mais profundo para as suas vidas, está assumindo a liderança das empresas. Seus anseios pessoais vão ao encontro do impulso rumo à sustentabilidade, convertendo-a em parte integrante da missão diária de empresas em todo o mundo.
Muitas são as motivações dos CEOS que endossam a sustentabilidade. Alguns como ChadHolliday, da Du Pont, TravisEngen, da Alcan e BertranCollomb, daLafarge, adotaram a sustentabilidade como mantra pessoal. O jovem Bill Ford (com apenas 39 anos em 2006) representa nova geração de CEOS que cresceram numa época de reciclagem, de alimentos orgânicos e do Dia da Terra, para os quais o ambientalismo é valor pessoal básico. Os CEOS estão impulsionando a sustentabilidade com entusiasmo crescente, convertendo-a em ingrediente crítico de seu estilo gerencial e de suas estratégias de negócios.
SAVITZ, Andrew W. A empresa sustentável: o verdadeiro sucesso é lucro com responsabilidade social e ambiental. Trad. Afonso Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
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