Arbache Indica Empreendedorismo e Inovação Gestão de Pessoas Liderança

MAIS EMPATIA, PARA MAIS CONFIANÇA E LEALDADE.

Um líder que se propõe a um autodesenvolvimento eficaz com foco nas competências mais exigidas para liderar no século XXI, deve estar atento ao conjunto de habilidades que compõem a inteligência emocional. Inicio esse artigo comentando a acerca da Empatia, que é uma das 12 habilidades da inteligência emocional.

O ambiente corporativo mudou muito e cada vez muda mais rápido e, nunca os líderes foram tão exigidos por competências específicas, quando o assunto é saber lidar com gente. No artigo de Ana Paula Arbache no link que segue, ela aborda mais sobre esse ambiente de mudanças (https://arbache.com/blog/gestao-da-mudanca-e-inovacao/).

Saber lidar com pessoas completamente diferentes umas das outras, inteligências múltiplas, valores e expectativas diferentes, personalidades diferentes, estilos sociais e comportamentais diferentes, mapas mentais diferentes e maturidades diferentes, realmente requer muita habilidade e competências sociais de um líder.

Liderar pessoas é saber que tem que lidar com emoções o tempo todo, liderar é estar disposto a estar cercado de um ambiente repleto de emoções,  uma vez que, não se pode “eliminar” o componente emocional para apenas lidar com comunicação oral, diretrizes processuais, objetivos, planos de ação, estratégias e resultados. Muito pelo contrário, ao lidar com tudo isso, o líder deve estar pronto para gerenciar seu time, com todos os componentes emocionais existentes nos seus integrantes e no ambiente.

Foi o Phd Daniel Goleman, com o livro “Inteligência Emocional”, em 1995, que o termo Inteligência emocional ganhou conhecimento para as massas, onde ele definiu que, a inteligência emocional é formada por cinco categorias principais, são elas: Autoconsciência, Controle Emocional, Consciência Social, Gestão de Relacionamentos e Automotivação.

E a empatia, que está relacionada com a Consciência Social e Gestão de relacionamentos, é uma habilidade que nos permite ler os sinais do outro, se colocar em seu lugar e saber o que querem. A empatia é fundamental para a gestão e liderança de pessoas, afinal para gerenciar relacionamento é necessário saber interpretar, se adaptar e guiar as emoções dos outros.

Os líderes com bom relacionamento interpessoal se saem bem em qualquer situação, quando interagem com seus liderados e com quaisquer outras pessoas.

Mas afinal de contas como se desenvolve a empatia?

Para (Goleman, 2006), o que os neurocientistas querem dizer quando se referem ao nosso “cérebro social”, não se refere ao fato de que consiste em uma área distinta, sendo responsável por uma tarefa isolada, afinal este entendimento é totalmente antiquado e é foi visto assim até o final do século XIX. Na realidade, o circuito de uma determinada tarefa mental não está localizado em um lugar do cérebro, mas sim distribuído em todo o cérebro,  quanto mais complexa a tarefa, mais ampla sua distribuição.

Assim, o “cérebro social”, consiste em circuitos que abrangem o cérebro como um todo. Não existe um lugar específico no cérebro responsável pelo controle das interações sociais. Ao contrário, o cérebro social é um conjunto de redes neurais distintas, opera no nível sistêmico, no qual as extensas redes neurais são coordenadas para servir a um propósito maior.

Finalmente, para um líder desenvolver a empatia é necessário se abrir às emoções nas suas interações sociais,  ele tem que estar disposto à exposição emocional, afim de poder acionar circuitos e sinapses neurais responsáveis pelo estímulo e contágio direto, pessoa a pessoa. As habilidades sociais são mais desenvolvidas em líderes que possuem estilo comportamental alto influente, comunicadores etc. Qualquer líder pode desenvolver tais habilidades, à medida em que compreender que necessita se conectar ao coração dos seus liderados.

Um líder que conhece as emoções de sua equipe, que conhece os fatores motivacionais internos, os estilos comportamentais, certamente terá muito mais conexão e consequentemente muito mais pactuação e engajamento de sua equipe.

Para (Simon Sinek 2016), ele se baseia nos fundamentos da biologia humana para envolver e conectar pessoas. Os líderes excepcionais sabem comunicar-se de forma direta com o cérebro emocional de seus liderados, tocando as áreas responsáveis pelos sentimentos como a confiança e a lealdade, isso faz com que as pessoas acreditem no que ela acredita e naturalmente a escolha.

Nos treinamentos e workshops da MATCH sobre o tema, eu desenvolvo metodologias vivenciais que estimulam os diversos circuitos cerebrais, afim de gerar experiências e reflexões que levem os treinandos a despertar áreas inconscientes que são responsáveis pelo desenvolvimento dessa competência específica de liderança.

Mas lembrem-se sempre, o princípio da maestria para uma nova habilidade é o treino e a prática constante, assim o líder deve urgente buscar este tipo de capacitação, pois não conseguirá engajar, gerar confiança e lealdade para obter pactuação com sua equipe, sem esta competência.

Fábio Batista

Fábio Batista

Fábio Batista é especialista em Desenvolvimento Humano de Gestores pela FGV/SP, foi líder executivo de grandes empresas como Roche e Bayer, atualmente é Palestrante, Consultor em educação corporativa, Coach especialista em carreira e recolocação profissional e liderança sistêmica pelo Instituto Liana Gomes, Analista Comportamental, Practitioner em PNL pela SBPNL, Professor de universitário de liderança e Coaching, Associado Comercial da Arbache Innovations, Diretor Executivo e Idealizador da MACTH Consultoria & Coaching.

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