Tenho reforçado a afirmação de que estamos, no Brasil, vivendo uma janela de oportunidades, em torno das diretrizes sustentáveis em nossa sociedade. Seja na vida cotidiana, em nosso lar, em nosso lazer, seja em nosso trabalho e nas empresas as quais nos relacionamos como colaboradores, ou como consumidores.
Primeiro, estamos atingindo um nível de maturidade, cada vez mais elevado, em torno da temática do desenvolvimento sustentável. As discussões políticas, as ações governamentais, os currículos escolares, as práticas empresariais e de consumo, demonstram que estamos conhecendo o que é viver aliado ao desenvolvimento sustentável e, praticando esta orientação em nosso dia-a-dia. Nós temos diversos casos que nos apresentam estes pontos (neste blog estão publicados uma série de casos empresariais, bem como trabalhos de conclusão de cursos de MBA). Mas, vale lembrar que, estamos ainda em um processo e cabe a nossa geração, consolidá-lo e enriquecê-lo, ou não!
Segundo, também afirmo que a visão dessa janela de oportunidade é, para nós, bastante confortável. Vejamos, temos sociedades mais avançadas e que já convivem com as orientações do desenvolvimento sustentável por um longo tempo. Hoje, estas sociedades colhem frutos vistosos e bem consolidados, que estão partilhados por todos os seus cidadãos, desde os políticos elaborando as legislações, até a dona de casa organizando consumo e o descarte dos resíduos. Temos apresentado algumas lições aprendidas de países que já traduzem as práticas sustentáveis, em lucro e cotidiano responsável (em 2011 visitamos e relatamos neste blog, nossas visitas a empresas Suecas e Alemãs, bem como,descrevemos as boas praticas observadas nestes cenários).
Assim expostos, temos uma vantagem competitiva considerável, quando levamos em consideração estes dois pontos, precisamos abrir nossas janelas de oportunidades e, enxergar as lições aprendidas que algumas sociedades nos apresentam e, customizá-las ao nosso ambiente trazendo uma visão adaptada e aperfeiçoada,por meio de melhoria continua.
Terceiro, considerando que o caminho a ser seguindo merece um olhar comparativo e inovador, temos que inserir mais um elemento importante em nossa analise: o profissional que irá trabalhar com esta diretriz. Até então, pensava-se que para trabalhar com sustentabilidade, uma dose de boa vontade e bons relacionamentos seriam o suficiente, exemplo: realizar uma campanha beneficente, arrecadar alimentos para comunidades carentes em períodos de festas, arrecadar agasalhos no inverno, plantar algumas árvores, organizar um jantar beneficente e tudo estaria realizado. O fato é que, não é somente isto que um profissional da área de sustentabilidade deve estar atento, principalmente em empresas que tenham o vetor da sustentabilidade inserido em seu planejamento estratégico. A prática deste profissional deve aliar, as diretrizes do desenvolvimento sustentável ao lucro, trazendo intencionalidade para as ações, monitorando as mesmas e gerando indicadores de performance para avaliação dos resultados. Desta maneira, não há nada de amadorismo e,sim, de profissionalismo e capacitação de alto nível.
Hoje o mundo trabalha com orientações globais em torno da sustentabilidade, como o caso do Pacto Global, das Normas ISO 14000 e das orientações da ISO 26000, e, quem sabe, de um próximo documento gerado na Rio +20 em junho deste ano!
O que apresentamos com as afirmações acima? É preciso abrirmos as janelas, enxergar o futuro pelos olhos de profissionais competentes e capazes de traduzir esta visão, em materialidade sustentável!
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