Inovação é prerrogativa para a sobrevivência no século XXI. O ritmo acelerado das transformações trazidas pela revolução tecnológica 4.0, como pelo chamado mundo VICA – veloz, incerto, complexo e ambíguo (ou VUCA em língua inglesa), impõe uma nova ordem para as organizações que querem sobreviver e competir nesse ambiente.
Viver nesse novo tempo não é tarefa fácil. Nada é como era antigamente, essa é a única certeza que as organizações possuem, antes lineares e tradicionais, navegavam tranquilamente com seus modelos de negócios oferecendo, muitas vezes mais do mesmo, para consumidores satisfeitos e pouco exigentes. Como dito antes, isso não pertence mais as organizações do século XXI. Para competir é preciso sair da zona de conforto e encarar as demandas e nos novos competidores.
Organizações lineares (algumas delas chamadas de dinossauros) perderam lugar, ou estão ameaçadas pelas chamadas organizações exponenciais (Exos), algumas delas chamadas de unicórnio (o caso Nokia X Waze é o grande exemplo). As Exos são organizações ágeis, que embarcaram as tecnolgias nascidas na revolução 4.0 e criaram modelos de negócios e de governanças, capazes de “disromper” o mercado e criar novos modelos de consumo e modos de vida.
Nós utilizamos as Exos, seus produtos e serviços para nos locomover, alimentar, para nosso lazer e turismo, para aplicar nossos investimentos, entre outros novos hábitos. Enxutas, por meio de seus staffs sob demanda e seus ativos alavancados, inteligentes por meio de seus algoritmos, elas movimentam multidões e engajam consumidores do mundo interior. Para isso, agilidade, simplicidade e escalabilidade são grandes mantras das governanças das unicórnios.
Diferentes de modelos mais tradicionais de governança, as organizações focadas em inovação intensiva, trabalham com modelos mais ágeis, com menos estruturas de poder (trabalham com um sistema de distribuição de autoridade) e com maior flexibilidade para garantir qualidade e performance em um ritmo mais acelerado. A Holocracia tem sido um modelo bastante aderente à esses modelos de negócios.
Modismo ou não, a holocracia tem oferecido uma alternativa para as organizações que buscam sair de modelos mais tradicionais e investem em um modelo mais inovador, descentralizado e integrado. Todas as atividades decorrentes são capturadas em forma de papéis e círculos.
A Zappos é um dos grandes exemplos que agarraram um sistema de gestão mais holístico, que favorece mais interação e troca de conhecimento. Para conhecer um pouco mais do modelo de governança pautado na holocracia, vale conferir o Manifesto Consituição Holocrática de Robertson e Thomison. Além da Zappos, outras organizações como a Medium, Springest e Washington Technology Solutions (WaTech), adotaram o modelo de governança de Holocracia.
Diante do modelo de holocracia é preciso conhecer seus impactos na gestão de projetos. Como a estrutura de poder é distribuída, a gestão do projeto deve ser mais ágil e fluída. Os profissionais devem transitar entre áreas e times e devem ter alto grau de “atitude de dono”, as regras devem ser muito claras, a tomada de decisão é distribuída e os resultados serão cobrados com rapidez. A responsabilidade é fator decisivo para que os projetos possam entregar valor e performance. Para projetos inovadores, esse modelo se encaixa como uma luva!
[…] Holocracia: Governança organizacional para a inovação e Gestão de Projetos. https://arbache.com/blog/holocracia-governanca-organizacional-para-a-inovacao-e-gestao-de-projetos/. Acesso em […]