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Como a tecnologia está moldando a nova competição

Como a tecnologia está moldando a nova competição

As tecnologias da informação e da conectividade estão criando produtos cada vez mais animados, multifuncionais, autônomos e inteligentes, bem como tornando a comunicação entre pessoas e organizações mais fluída e interconectada. Isso tem alterado o conceito de tempo e distância do mundo físico. Cada vez mais, a onipresença e o real time fazem parte da nossa rotina diária, impondo novos desafios à forma de competir entre as empresas, que precisam apresentar respostas eficazes às demandas desse novo ambiente de mercado. Estamos falando, portanto, que as estratégias precisam ser reformuladas para manterem as empresas competitivas diante de novas oportunidades e ameaças, antes desconhecidas, senão inexistentes.  

A internet das coisas, por exemplo, determina produtos com novos conceitos, novas linguagens e novas tecnologias.

A expressão internet das coisas surgiu para refletir o crescente número de produtos inteligentes e conectados, e destacar as novas oportunidades que podem representar. Mas, essa expressão não é muito útil para entender o fenômeno ou suas implicações. A internet, quer envolva pessoas ou coisas, é apenas um mecanismo de transmissão de informações. O que torna os produtos inteligentes e conectados, fundamentalmente diferentes, não é a internet, mas a mudança de natureza das coisas. São as capacidades expandidas dos produtos inteligentes e conectados e os dados que geram, que estão dando início a uma nova era de competição. (HEPPELMANN; PORTER, 2014:46)

Portanto, as empresas precisam perceber o que se passa além da conectividade possibilitada pela internet, elas devem entender o que isso muda no seu setor e qual impacto causado em seu negócio. No último meio século, a tecnologia da informação (TI) tem sido a grande protagonista na redução de custos e ganho de produtividade, pela sua capacidade exponencial de processar informações em quantidade e velocidade até então inexistentes, de racionalização e de velocidade aos processos produtivos e organizacionais. Ainda segundo Heppelmann e Porter (2014), nas décadas de 1980 e 1990, a conectividade possibilitada pelo avanço da internet, desencadeou uma nova onda de transformação, permitindo coordenação e integração de fluxos de informações, produtos e serviços entre as empresas, seus clientes, fornecedores e demais parceiros na cadeia de valor. Hoje, a tecnologia da informação tornou-se parte integrante dos próprios produtos por meio de sensores, processadores, programas e elementos de conectividade computacional embutidos neles, conectando-os a dados armazenados em nuvem e, com execução de alguns aplicativos, confere-lhes grandes melhorias e ganhos de desempenho, redefinindo seu valor ao cliente.   

Na relação das empresas com seus mercados, a TI, com o advento do Big Data Analytics, também trouxe enormes possibilidades na captura, processamento e análise de dados dos clientes, possibilitando às empresas, quase em tempo real, desenvolver ofertas de produtos e serviços alinhados ao perfil dos clientes, antecipando-se ao movimento da concorrência. Isso torna a operação mais assertiva em relação ao valor ofertado, melhora o relacionamento com os clientes, racionaliza os esforços e investimentos da empresa em produção, logística e marketing.   

Portanto, é fundamental que as empresas entendam os reais impactos que as tecnologias da informação e da conectividade emprestam sobre o seu desempenho financeiro. Suas estratégias precisam contemplar esses novos recursos, buscando-lhe manter competitivo nessa nova ordem de valor marcada, sobretudo, por baixos custos, alto desempenho de produtos e serviços e grande velocidade de resposta aos interesses dos clientes. Sem atender a esses requisitos qualquer estratégia é seriamente deficiente, colocando a sobrevivência do negócio em elevado risco.

Quer saber um pouco mais sobre o tema e como isso pode influenciar o nosso dia-a-dia, confira.


Referência Bibliográficas

HEPPELMANN, J. E.; PORTER, M. E. Como produtos inteligentes e conectados estão transformando a competição. Harvard Business Review Brasil. São Paulo, n. 92, Nov. 2014.