Como as empresas podem contribuir para a formação de líderes competentes nos quesitos ambiental, social e ético (levando em consideração a lucratividade)
Ana Paula Arbache, pesquisadora e autora de publicações/livros e palestranteem Congressos Nacionaise Internacionais sobre o tema Sustentabilidade Empresarial.
Organizadora do livro “Projetos Sustentáveis: Estudos e Práticas Brasileiras”, Ana Paula Arbache tratou da questão da sustentabilidade empresarial, ou seja: como as empresas podem contribuir para a formação de líderes competentes. Para ela, “é preciso falar em empresa sustentável do ponto de vista social, ambiental e lucrativo”, citando Andrew Savitz.
Ética, relações interculturais, gerenciamento do risco (ambiental, social, etc.). Todas essas questões devem ser avaliadas dentro do “meu business”. “Como eu, profissional e líder, posso atender esta demanda em sustentabilidade com competência? Como captar e reter talentos da geração Y?”, indagou. Para a pesquisadora, as companhias precisam se perguntar: até que ponto o meu negócio é muito ou pouco aderente à sustentabilidade, de que tipo de empresa estamos falando e se haverá oportunidades de crescer, de implantar tais conceitos.
Segundo ela, saber, conhecer e desenvolver práticas aliadas à sustentabilidade já é, para alguns profissionais, uma realidade e, para outros, em pouco tempo, também se concretizará. Tal fato é percebido nos processos de captação e retenção de talentos, nos quais os valores éticos são percebidos e valorizados nestes contextos. Além de ser uma alavanca em seu portfólio, o tema e as práticas sustentáveis colocam o profissional que as utilizam em uma categoria de profissionais capazes.
“O debate e as ações em torno da sustentabilidade devem deixar de ser envolvidas por ações ingênuas, descontinuadas e fragmentadas. Quando assumimos as intencionalidades nas ações sustentáveis, as mesmas passam a ser encaradas como estratégicas, focadas inteligentemente para auxiliar os negócios lucrativos. São empresas que desenham práticas sociais contributivas para seus negócios, mesmo que não em curto prazo, mas que podem potencializar em médio e longo prazo, como as franquias de ensino que atuam em chão de fábrica para futuros funcionários moradores das circunvizinhanças. Todo este trabalho é estratégico, moldado por profissionais competentes, capazes de vislumbrarem o potencial dessas práticas”.
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