Cotidiano Gestão de Pessoas

Sempre… Nunca e Jamais!

Curioso como às vezes, a gente busca a resposta fora da própria pergunta, ou tão longe da fonte que se perde nos detalhes que nos ajudariam a revelar uma das possibilidades. Uma vez me perguntaram como escolho o que vou escrever. Não sou eu quem escolho o texto, é meu olhar sobre o dia a dia que me faz refletir e escrever, e hoje o texto vai para as palavras que receio incluir em frases que são: “sempre, nunca e jamais”.

Eu tenho certo temor de quem as repete com frequência, pois acredito que essas pessoas não percebem o quão definitivo e equivocado possam estar seus pensamentos, mas esta semana me deparei com uma delas no meu cotidiano, e foi a palavra “sempre”…

Eu percebi que eu sempre me emociono quando vejo as ações praticadas pelos voluntariados. O compromisso com o que elegeram ajudar é de uma excepcionalidade que incita minha glândula lacrimal trabalhar barbaramente… O altruísmo me faz apaixonar, me faz perceber o quanto temos de estrada e o quão privilegiados somos quando compartilhamos! Minha voz chega a embargar quando sinto a generosidade que alguns seres humanos alcançam em simples ações.

Quanto à palavra “jamais”, meu questionamento desemboca em querer entender a saudade que os outros costumam dizer sentir, e que jamais compreendi porque não fui mordida pelo “bichinho da saudade”. Eu já passei por lutos ferozes, que ecoaram em dor seca e asfixiante por algum momento, mas a saudade não se aplacou em mim em momento algum, e com o passar do tempo, sempre me questionei dessa falta de saudade que não compreendo nos outros, até ler uma frase sobre ADEUS, sendo explicada como “a-Deus”, aquilo que a gente entrega quando não pode mais cuidar. Isso me deu um acalanto tão grande que deixou de ser questionador para mim. Transformar a saudades num ato de entrega é libertador, seja qual for sua crença.

E quanto ao “nunca”, eu só posso me lembrar de nunca ter deixado de ter esperança… E como podem ver, são raríssimas as vezes que iremos usar realmente o sempre, o nunca, e o jamais, principalmente porque a vida é um bailar constante, uma roda gigante, que modifica o tempo, o estado e a condição da vida, mas nunca a sua natureza, que sempre permanecerá nata, pois jamais devemos esquecer do nosso comportamento atávico, sendo o partilhar, felizmente, um deles!

Vencer de repente não é só ganhar, é ter lutado sem ter desistido.

E fica SEMPRE a dica: desistir, NUNCA, render-se, JAMAIS!

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Ana Luiza Alves Lima

Nascida em Santos, São Paulo, Brasil. Advogada e Consultora na Gestão de Pessoas em São Paulo – SP, Brasil. Formação: Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Santos (UniSantos-SP); Pós-graduado em Gestão de Seguros (Fundação Getúlio Vargas – FGV-SP); Consultora do Serviço Nacional do Comércio (SENAC para cursos livres e de pós graduação) e Administração de Recursos Humanos, pelo SENAC/SP. Membro da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de São Paulo e da Associação dos Advogados de São Paulo.

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