Estamos no meio de uma pandemia, razão pela qual diversos órgãos econômicos globais como o Banco Mundial e o FMI preveem perdas de trilhões de dólares no PIB internacional.
Introdução
Diante dessa parada repentina da economia para que as pessoas se protejam da doença, várias empresas perderam receitas: muitas vão fechar e outras vão sair desse processo muito fragilizadas.
Pergunto então: quem previu essa pandemia no planejamento estratégico feito em 2019 para 2020? Arrisco-me a dizer que ninguém fez esta previsão. Portanto, a grande maioria das empresas, senão todas, com exceção daquelas que estão gerando receitas diretamente por combater a doença, não conseguirá alcançar suas metas projetadas.
Mudanças visíveis
As regras de distanciamento social fizeram com que muitas empresas fechassem suas portas, transferindo a operação para home office. Um pouco antes da pandemia, eu vinha fazendo diversas palestras e escrevendo artigos abordando dois temas: “a transformação digital” e “equipes ágeis”.
Muitas pessoas me perguntavam e outras afirmavam que esses temas são importantes para um futuro breve. Eu, por outro lado, insistia em dizer que as ações sugeridas nos artigos deveriam ser implementadas de imediato.
Não devido à pandemia, mas por causa da inovação e da disrupção que já batia à porta das empresas. Para muitas, representava uma grande concorrência ou mesmo a substituição de seu modelo de negócios.
A transformação digital é uma realidade para todo e qualquer segmento. Isto foi acelerado pela pandemia, mas já estava acontecendo de forma mais lenta a décadas.
A Pandemia apenas acelerou algo inevitável. A resistência à mudança de mindset sempre foi muito grande, pois todos querem ficar na zona de conforto. Mudar é algo complexo e, muitas vezes, requer muito esforço. No entanto, quando menos se esperava, chegou a pandemia.
Repentinamente, as empresas passaram a procurar desesperadamente por formas de vender digitalmente. Essas organizações precisam mudar o mindset de todos os stakeholders internos e externos, convencendo-os a usar meios digitais para fazer reuniões e buscando incessantemente se reinventar para se adaptar a um novo normal.
Dificuldades enfrentadas
As empresas não conseguiram se preparar suficientemente para a transformação digital e não construíram equipes ágeis. Esses são os dois pilares que passamos a enxergar como fundamentais, não pra enfrentar a pandemia, mas para enfrentar tudo que vinha sendo sinalizado.
O mundo está se direcionando para a inovação e para ambientes de negócios que exigem mindsets totalmente digitais. As empresas não se prepararam suficientemente para a transformação digital que já estava ocorrendo com as inovações que estão surgindo.
Elas simplesmente subestimaram que a disrupção um dia bateria em sua porta. Curiosamente, muitos que resistem a trabalhar dessa forma não abrem mão de seus celulares para desfrutar de todos os benefícios do mundo digital.
Esse paradoxo mostra que as pessoas querem aproveitar as benesses trazidas pelo mundo digital, mas não querem participar de sua concepção. No entanto, chegamos ao ponto limite. Não existe, hoje, possibilidade de retorno. Ou as empresas se transformam digitalmente e passam a ser ágeis e adaptativas, ou dificilmente sobreviverão.
Ficam muito claras as habilidades que são necessárias para que os profissionais se adequem a esta nova realidade. Os profissionais neste mundo transformado pela inovação e, agora, pela pandemia, exigirá que as pessoas pensem de forma ágil, sejam adaptativas, flexíveis e transparentes e compreendam o que o mercado deseja.
As empresas precisam de colaboradores resilientes, pois precisarão enfrentar as mudanças, acessíveis e comunicativos para mitigar os impactos da assimetria de informações dentro dos times.
O novo mundo precisa de profissionais ousados, com inteligência emocional e foco no cliente e na entrega de produtos com alto valor agregado para obter os resultados desejados pelas organizações.
Esses são os pilares do pensamento ágil, que ajuda as empresas a se transformar, não apenas digitalmente, mas em todos os aspectos necessários para a adaptação e o alto rendimento nessa nova realidade.
A maioria das empresas ainda não conhece quem, de fato, são seus colaboradores. Conhecem apenas seus currículos e supõem como eles se comportam.
Conclusão
Em um mundo onde não podemos errar, pois a lentidão e os erros podem fazer com que os concorrentes nos ultrapassem, saber se nossa equipe se enquadra ao pensamento ágil é fundamental para promover a transformação.
Ter e dominar ferramentas como o people analytics passa a ser uma condição para que consigamos perceber as habilidades de nossa equipe, avaliando o que falta e como podemos melhorá-las.
As habilidades do futuro são aquelas que permitem que nossa equipe consiga se adequar com rapidez, qualidade e assertividade ao que nossos clientes e o mundo necessitam.
Esse é o novo normal. Você está preparado?

Deixe seu comentário