Profissionais e empreendedores de sucesso são capazes de lidar com riscos e entender que eles fazem parte dos grandes projetos que impulsionam sua carreira e seus negócios. Riscos devem ser estudados, e não temidos.
Criar o hábito de sair da sua zona de conforto e explorar novas oportunidades definitivamente não é algo fácil. Mudar a sua forma de encarar as dificuldades de projetos requer muita determinação.
Porém é necessário entender que os riscos estão diretamente relacionados às grandes conquistas, portanto não podemos ter medo deles; precisamos analisá-los para tomar as melhores decisões e entender quais riscos devemos assumir.
A pessoa que lida de forma positiva com riscos é capaz de manter o autocontrole diante das incertezas, da chance de fracasso e das consequências decorrentes dele. Em vez de fugir do risco, esse profissional, líder ou empresário tenta calculá-los e investiga os benefícios e impactos negativos que podem decorrer das ações tomadas.
O risco e a aversão
Antes de qualquer coisa, é importante entendermos melhor o conceito de “risco”. Para a ISO 31000, a norma internacional para gestão de riscos, o risco é “o efeito da incerteza nos objetivos”, sendo que esse efeito é o desvio em relação ao esperado.
Portanto, podemos pensar o risco como uma consequência positiva ou negativa decorrente de um evento inesperado, improvável ou incerto no planejamento de algo que é feito buscando determinados objetivos. Um bom exemplo é a pandemia de Covid-19, um evento de altíssimo impacto e de baixa previsibilidade – duas características do cisne negro de Nassim Taleb – que obrigou muitos negócios a fechar as portas.
Mas o risco também pode gerar efeitos positivos. Ainda pegando como exemplo a pandemia, muitos negócios, que ofereciam soluções digitais para educação ou para gestão, viram na Covid-19 a mola propulsora de suas empresas.
Por sua natureza incerta e com potenciais efeitos negativos, muitas pessoas veem os riscos com m problema e como algo a ser evitado. Mas eles são parte inerente de todo negócio ou projeto, independentemente da área de atuação. Logo, precisamos gerenciar as ações relacionadas a essas oportunidades e ameaças relacionadas ao risco.
O primeiro e mais importante passo é definir estratégias para gerenciar o risco e fazer isso sem medo, mas com inteligência. Havendo uma visão mais clara sobre o cenário, os passos que podemos dar e as consequências das incertezas, conseguimos tomar decisões mais assertivas. Nem sempre vamos acertar, mas é essencial encarar o risco como algo que está por toda parte e que a aleatoriedade impacta nossas vidas constantemente.
Para agir com precisão, devemos avaliar a probabilidade e impacto do risco e debate-los com os demais membros da equipe. Assim conseguimos entender se o que está diante de nós é uma ameaça ou oportunidade e, a partir disso, elaborar juntos uma abordagem.
O gerenciamento de riscos, se feito de forma inteligente e com uma mentalidade cética diante das incertezas, nos permite preparar nossas equipes para eventos incertos, sejam negativos ou positivos. Grandes oportunidades também podem ser aproveitadas ao adotar um mindset de aceitação de riscos.
O risco e a inovação
A inovação, quando bem feita, é uma área de atuação que tem uma forma muito inteligente de lidar com os riscos. O profissional, líder ou empreendedor inovador sabe que está sempre sob o risco de eventos improváveis e de alto impacto, e por isso busca se adaptar continuamente às mudanças e às novas tendências e necessidades do mercado.
Novas demandas vão surgindo, e a inovação pede novas formas de realizar atividades, lidar com clientes e encarar os riscos. Inovação e risco são dois conceitos inseparáveis na prática e na teoria. Ao inovar, riscos são assumidos, e o profissional deve saber geri-los para aproveitar as oportunidades e reduzir possíveis perigos.
Mas não basta apenas estabelecer processos ou estratégias que ajudem a gerenciar os riscos. Devemos estabelecer uma forma de pensar que veja os riscos como parte do dia a dia e como algo que pode nos ajudar a atingir nossos objetivos. Os riscos são, acima de tudo, aliados da inovação.
E aí, vamos abraçar os riscos juntos?
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