Tempos difíceis, nos últimos tempos estamos sendo varridos por práticas que colocam a sustentabilidade econômica de nosso País em cheque. Agentes que deveriam zelar por uma governança saudável e virtuosa fizeram justamente o contrário, deixaram o Brasil de “calças curtas”.
Confiança, valor tão caro a ser compartilhado foi usado como “maquiagem”, como uma “etiqueta”, colocada para atrair e manipular a população.
Bauman (2010) parece ter escrito “Modernidade Líquida” para descrever, exatamente essa janela de tempo que estamos vivendo por aqui. A ética nunca foi tão cambiante e utilizada de maneira egoísta. Estamos sendo expectadores de uma realidade danosa, cujos efeitos colaterais negativos ainda estão por vir.
Difícil sim, mas não definitivo! Por isso temos que seguir em frente e, para isso, precisamos ativar bravamente uma competência poderosa: a resiliência.
No jargão popular pode ser traduzida em “cair e levantar”, “seguir em frente”, “levantar forçar para superar e viver outros tempos”!
No entanto, não basta apenas seguir, é preciso seguir com consciência crítica, com estratégia, com visão, para que toda força possa se traduzir em ações produtivas, para nós e para o bem comum. Segue então alguns passos que podem contribuir nessa caminhada:
1 – Não fique atormentado diante da situação crítica vivida. A falta de consciência é um grande sabotador, por isso busque clareza e compreensão, para que você possa enxergar concretamente como pode agir. Deixar o emocional tomar conta da situação pode gerar duas coisas: a inércia e o atraso. A primeira, inviabiliza uma mudança ou reação positiva e a segunda, deixa você cada vez mais distante de onde deve chegar.
2 – Avalie o impacto da crise em sua formação, carreira, empresa, segmento e País.
3 – Conheça a estratégia de sua empresa e o seu posicionamento frente ao segmento que atua. Reflita se a mesma está preparada para enfrentar tempos difíceis no mercado.
4 – Mapeie sua sobrevivência na área que atua, bem como a sustentabilidade dessa área dentro da empresa.
5- Estude o mercado. Analise, a partir de seu CV, a sua posição frente aos concorrentes (veja se está atrativo e competitivo para as vagas que gostaria de concorrer – mesmo que não esteja pensando em uma recolocação). Esta analise é um termômetro para a sua sustentabilidade no mercado de talentos.
6 – Compare o seu CV com os descritivos de vagas que gostaria de se candidatar – caso esteja faltando certificações, atualizações, desenvolvimento ou aperfeiçoamento de competências, busque iniciar essas ações. Caso já tenha as demandas requeridas, analise se o seu poder de influenciar e seu networking é forte o suficiente, para ser acionado em caso de um processo de recolocação – pense e aja preventivamente.
7 – Busque estabelecer contato com profissionais que atuam nas empresas que você gostaria de trabalhar – alargue o seu networking. Lembre-se que uma rede de relacionamento é para ser ativada sempre e em uma via de mão dupla – não somente quando você precisa!
8 – Mexa-se, invista o seu tempo em cursos de atualização, eventos, processos de autoconhecimento como o coaching, ou de alavancagem de performance como o mentoring. Potencialize suas metas no trabalho e em sua carreira. Siga a orientação dos grandes recrutadores “você é a sua própria empresa” – gerencie a sua carreira como uma empresa, cuide dela!
9 – Pense diferente, inove, saia da zona de conforto! Muitas vezes “damos murro em ponta de faca”, nos sabotando sempre pensando e fazendo as mesmas coisas. No entanto, precisamos atravessar novas fronteiras, buscar o novo. Inovação é condição essencial para vivermos em tempos de “Revolução 4,0”, “Era Cognitiva”, “robotização”, “Big Data”, “IoT”, “Agenda 2030”, entre outras tendências e transformações exponenciais que orientam esse início do século XXI.
10 – Leia, conheça as tendências acima. Se aproxime cada vez mais do mundo digital – não há mais volta! O mercado de trabalho está a procura de profissionais atentos a essas diretrizes, não fique para trás!
Diante disse vale lembrar que, o princípio fundamental da ética é a Vida. Nós devemos ser os primeiros a nos responsabilizarmos pela nossa vida – pela nossa sobrevivência.
Referência Bibliográfica:
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Editora Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 2010
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