Os primeiros jogos, denominados de War Game ou Jogos de Negócios, foram utilizadas pelos militares na Segunda Guerra Mundial. O objetivo era simular cenários de guerras, buscando compreender quais as possibilidades de movimento dos inimigos, elaborando, assim, os cenários possíveis. Desta forma, era possível antecipar quais as ações e como se prevenir delas. O War Game mostrou-se um excelente simulador de panoramas de combates, possibilitando a criação de táticas mais específicas, maximizando os sucessos. Percebendo os benefícios de simular cenários de guerras e como os mesmos poderiam ser fator de sucesso em um conflito, os militares começaram a estender os simuladores para outras funções, como, por exemplo, para treinar pilotos de blindados e aviões, de tripulação de navios e submarinos, e até de combatentes buscando prepará-los melhor para diversas situações que, anteriormente, era possível apenas em uma guerra real.
Como os cenários em um conflito são incertos devido às diversas possibilidades que podem ocorrer ao longo do evento, pesquisadores perceberam que o mesmo poderia ser utilizado para testar cenários empresariais. Na década de 50, os primeiros simuladores de negócios começaram a ser desenvolvidos, com o intuito de compreender o quebra-cabeça do mundo empresarial. De lá para cá, surgiram novas variáveis, aumentando a complexidade dos “jogos” e, consequentemente, obrigando os jogadores a se debruçarem mais na tentativa de perceber e interpretar as estratégias propostas pelos adversários.
Os jogos de negócios, que visam à construção de um cenário composto por uma diversidade de variáveis, podem ser avaliados de duas formas: a primeira como simulação, que permite aos executivos compreenderem e decidirem, com mais precisão, o quê, quando e como fazer; a segunda é preparar os profissionais para compreenderem como é formado o mercado. O principal motivo para o uso no treinamento com jogos de negócios está diretamente ligado à incerteza de mercado que vem sendo alimentada pela mudança constante das variáveis que compõem os negócios, além do número das mesmas, que vem crescendo em progressão geométrica.
O mundo mais conectado, hábitos mais complexos, informações mais capilares, consumidores mais exigentes fazem com que decidir, na atualidade, passe a ser mais complexo do que era na década de 50. Portanto, se os jogos de negócios foram percebidos como fundamentais em uma época em que um refrigerador não mudava seu modelo em menos de cinco anos e que telefonar era uma evolução sem precedentes, imaginem hoje, quando falar ao telefone é apenas uma das centenas de funções que um aparelho, ainda chamado de telefone, pode realizar?
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