Ética Gestão de Pessoas

Comida de Rua Em São Paulo: Diversidade de Sabores Acessível a Todos!

Profa. Aline Araújo

A lei Nº 15.947 – Comida de Rua, regulamenta o comércio de alimentos em áreas públicas da cidade. Antes da aprovação apenas os comerciantes de cachorro quente e pastel podiam atuar. A venda de outros produtos – lanches, churrasco, refeições, etc. -, que geralmente são comercializados em portas de estádios, em eventos e portas de faculdades eram proibidos.

A lei define regras abrangendo os aspectos da atuação, por um lado, a lei sobre comida de rua proporciona mais tranquilidade e segurança para quem consome e, por outro, dá a oportunidade de quem até então trabalhava de forma irregular pode se adequar e vender com qualidade e tranquilidade.

Pela lei, a concessão da licença que é periódica e precisa ser renovada, passa por uma comissão composta pela Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) e por integrantes da região, através do CONSERG, da Associação Comercial, de entidade de classe e da subprefeitura. Essa comissão define os locais de atuação, os tipos de alimentos, horários permitidos, etc.

A lei é abrangente definindo todas as regras, como por exemplo, que comerciante que tiver sua barraca montada em calçadas deverá manter pelo menos 1,2 metros para que as pessoas possam transitar.

Podemos considerar que a lei permite um grande ganho para os empreendedores e para os consumidores, afinal com a lei regulamentadora fica mais fácil para o empreendedor trabalhar. Ele sabe que tem um local definido para atuar, ele tem como investir na fidelização de seus clientes com qualidade, com produtos diferenciados e para conseguir essa fidelização pode caprichar muito, ele vai naturalmente ter que trabalhar bem, até para poder renovar licença.

Para o consumidor o ganho se apresenta com relação a qualidade dos produtos, e ciente de seus direitos passa a ter a segurança de que se o empreendedor está ali atuando ele tem regras a seguir, foi regulamento e para se manter atuando tem que oferecer produtos que atendam a todas as especificações de higiene, de armazenamento e de preparo.

Outro ponto a ser ressaltado com a nova lei é a oportunidade que as pessoas terão de conhecer gastronomias de outros estados e nacionalidades, com baixo custo e na própria cidade em que vive.

O projete teve apoio de famosos e renomados chefes de cozinha, como Alex Atala, do restaurante D.O.M. e Rodrigo Oliveira, do Esquina do Mocotó.

A regulamentação da comida de rua tende a estimular este tipo de comércio. Em 2014 pode haver um grande aumento dos chamados “trucks food”, que são veículos equipados e adaptados para a comercialização de comida. Esse método é bastante tradicional em países da Europa e nos Estados Unidos.

Este ambiente diferenciado propicia trabalhar em contato direto com o público, o que não se dá no ambiente fechado da cozinha, é uma forma de ganhar dinheiro numa rotina mais dinâmica.

São Paulo: cidade cheia de sabores

São Paulo é contém vastas opções gastronômicas, tendo em vista a quantidade de imigrantes que escolheram o município para viver. A capital paulista é considerada a cidade mais multicultural do país, tendo a maior população de portugueses, japoneses, italianos, espanhóis, japoneses, árabes, bolivianos, fora de seus respectivos países. Além disso, é a cidade que comporta maior contingente de nordestinos fora do Nordeste. Fatos como estes podem servir de ilustração de como o munícipio mais populoso do Brasil lida com a diversidade cultural e gastronômica. Há na cidade, por exemplo, as feiras da República, da Praça Benedito Calixto, da Praça da Liberdade, da Kantua; a Feirinha da Vila Madalena, Feira do Pacaembu, Feira de Artesanato do Parque Trianon, entre outras. Todas com barracas de comidas típicas.

O sucesso das comidas típicas oferecidas em feiras está no atendimento e produtos de qualidade, além da receita ideal.

Alguns restaurantes de rua

Chez Burger

Inspirado no conceito dos “food trucks” americanos, o Chez Burger traz secreto burger com 180 gramas de hambúrguer de fraldinha, gruyère, relish de pepino e cebola roxa caramelizada (R$ 19). Destaque também para as fritas (R$ 13 ou R$ 7 a meia porção), musse de chocolate (R$ 6) e long necks Stella Artois (R$ 6).

R. Cunha Gago, 620, Pinheiros, tel. 0/xx/11/3729-3252. Qua. a sáb., 19h às 4h.

Big Dog

O cachorro-quente mais elogiado do campus da USP. Destaque para o servido na baguete de parmesão, que mede mais de 20 cm, e inclui Catupiry e queijo ralado (R$ 7,50).

Pça. da Reitoria, s/ no, Cidade Universitária. Seg. a sex., 10h30 às 19h.

Caldo Verde

Bolinhos de bacalhau por R$ 4 a unidade. O menu traz ainda alheira (R$ 18) e um caldo verde famoso (R$ 15).

R. Comendador Nestor Pereira, 33, Canindé. Abre em dias de jogos da Portuguesa às 10h (quando as partidas começam às 16h) ou às 14h (quando elas acontecem à noite).

Cantinho da Tapica

Edneusa Santana, a “Neusa da tapioca” vende tapioca na porta de um imóvel alugado, ela prepara mais de 40 versões do quitute, de queijo branco com tomate seco (R$ 8) a doce de leite com coco (R$ 5).

R. Dona Antônia de Queirós, 15, Consolação. Seg. a sex., 15h às 20h. Sáb., 13h às 20h.

Los Caporales

Barraca da feira boliviana Kantuta traz salteñas que podem vir com carne bovina, de porco ou de frango (R$ 3,80 cada).

Pça. Kantuta, altura do nº 625 da r. Pedro Vicente, feira Kantuta, Pari. Dom., 11h às 19h.

Tchicano Ai Ai Ai

O baterista de banda de trash metal Ricardo Viola vende comida “tex-mex” na feira do parque Trianon. Oferece opções vegetarianas e produz suas tortillas, feitas com cerveja, que escoltam tacos, burritos e quesadillas (a partir de R$ 6).

Altura do no 1.700 da av. Paulista, em frente ao parque Trianon, Feira de Artes do Trianon, Cerqueira César. Dom., 11h30 às 17h.

Yakissoba do Tanaka

A wok de Elizeu Cornachione é instalada numa mesinha em um estacionamento particular. Descendente de italianos, ele adotou o codinome Tanaka “porque ‘yakisoba do Elizeu’ não vende” (porção média de carne, R$ 7,50).

R. Augusta, altura do no 700, Consolação. Qua. a sáb., 22h às 4h