Ética Gestão de Pessoas

Além do Termo Corrupção

A corrupção é experimentada mundialmente, e em alguns países recebe destaque nas manchetes e em canais televisivos quando os escândalos ultrapassam a linha da compreensão, e se instalam na linha da indignação.

Dentro dos seis paradigmas da interação humana, a corrupção é mais bem representada no “ganha/perde” por justamente abraçar uma abordagem autoritária, e geralmente se utiliza de hierarquia, poder, ou cargo para sustentar uma ideia ou um comando. No entanto, mesmo sem envolver questões monetárias, pode se constituir corrupção quando um ganha enquanto outro é prejudicado de alguma maneira.

Desde 1985, deixamos de participar da ditadura – regime autoritário – onde a corrupção faria mais sentido pelo perfil do governo. Mas só agora, quase 30 anos depois (junho/2013), houve um projeto de lei aprovado pelo senado, mas AINDA EM ANÁLISE pela câmara dos deputados do Brasil, propondo que se considere como crime hediondo a pratica da corrupção.

O Japão, atualmente considerado ícone educacional, já passou por um perfil governamental parecido, que era o “Shogun style government”, onde os samurais comandavam o “império” em uma espécie de hierarquia militar (imperadores), e que durou desde 1192 até 1867. Ainda assim, não é lembrado por casos de contrafações antigas.

Dentro de uma realidade próxima, e aqui me refiro ao espaço nacional em específico, a corrupção está ficando cada vez mais “linkada” a outro conceito, o da impunidade – acredito que isso seja a memória experiencial atuando – são nossas experiências e frustações remetendo ao que testemunhamos durante os últimos anos.

Mas qual o percentual de ciência de nossos quase 200 milhões de habitantes com relação a corrupção? Será que esta percepção é distribuída por todo o território? Quantos de nós brasileiros temos acesso a informação? Pior, quantos de nós conseguimos interpretar uma notícia no jornal?

Em 1993, foi criado um órgão não governamental com sede em Berlim, com o objetivo de “combater” a corrupção no mundo – chamado de “Transparência Internacional”. Eles geram relatórios anuais que analisam índices de “percepção de corrupção” dos países. Este índice não mede objetivamente a corrupção, e sim, o quão atento a população está com relação ao seu governo ou ao seu sistema.

Os casos de corrupção que vagueiam pelo nosso país são sem número, e é deprimente começar a pensar neles. Infelizmente esta grande massa populacional foi se misturando/imigrando com o passar dos tempos, e trafegou por caminhos desonestos, cada vez mais corruptos. Melhorar essa situação demanda zelo comportamental de cada um de nós.

Walid Isa El Assal

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Supreme_Commander_for_the_Allied_Powers;
http://www.esensetreinamentos.com.br/habito-4-pense-em-ganhaganha/;
http://en.wikipedia.org/wiki/Shogun;
http://www.valor.com.br/cultura/3222986/para-entender-o-vasto-mundo-da-corrupcao?utm_source=newsletter_manha&utm_medium=06082013&utm_term=para+entender+o+vasto+mundo+da+corrupcao&utm_campaign=informativo&NewsNid=3222644;
http://www.transparency.org/country#BRA;