Novas questões sobre empoderamento feminino estão surgindo e exigindo diferentes ações nas empresas.
A Arbache Innovatios é um empresa de inovação, sendo assim, segue a risca o compromisso de atuar na disseminação e no avanço das práticas voltadas para os objetivos globais que estão sendo implementados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Dentre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o 5º ODS propõe: “Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”.
As pesquisas desenvolvidas pela ONU comprovam que meninas e mulheres têm ocupado uma verdadeira minoria em espaços de formação, como a escola – desde o ensino básico até o nível superior, e em espaços representativos, como cargos em empresas e na política – o que inclui questões acerca de valores de remuneração, também.
Sendo assim, a Arbache Innovations, focada no alargamento da visibilidade desses ODS, atua fortemente de diferentes formas:
- Por meio da Página de Mundo Melhor de Empoderamento Feminino;
- Na disseminação de conhecimentos e boas práticas;
- Na organização de eventos corporativos e sem fins lucrativos, bem como na presença em eventos que tenham esse ODS como foco;
- Conhecendo práticas de sucesso e lições aprendidas na área;
- Estabelecendo relacionamentos e parcerias para aumentar o nível de maturidade das discussões e a rede colaborativa em torno do tema.
Dessa maneira, fomentamos a discussão em nosso ambiente de trabalho, nossas políticas de recursos humanos, nos espaços os quais atuamos e em nossos stakeholders.
DEBATES SOBRE AS QUESTÕES DE EMPODERAMENTO FEMININO
À convite do Pacto Global, o qual é signatária, a Arbache Innovations esteve presente no Fórum Weps 2018 – Fórum dos Princípios de Empoderamento das Mulheres: um diálogo entre países da América Latina e Caribe e a União Europeia.
Na ocasião do evento, fomos representados pela nossa sócia fundadora e responsável pelas ações do 5º. ODS na Arbache Innovations, a PhD. Ana Paula Arbache.
O Terceiro Fórum Weps possibilitou uma parceria inédita entre a ONU Mulheres, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) e a União Europeia, que estiveram reunidas nos dias 29 e 30 de agosto de 2018, na cidade de São Paulo.
Nós estávamos presentes, reiterando o nosso compromisso com o Empoderamento Feminino e a Equidade de Gênero nas organizações.
Por isso, neste texto apresentamos as nossas considerações sobre o Weps, além de compartilhar boas práticas que foram debatidas durante o evento, orientando importantes setores empresariais e de empreendedorismo a tomar medidas para alcançar a igualdade de gênero, por meio do empoderamento das mulheres.
ALCANCE E ENGAJAMENTO
Tânia Cosentino, CEO América do Sul e membro do Conselho Assessor Global de Diversidade e Inclusão da Schneider Elétrico, apresentou o caso da empresa.
A empresa é conhecida e premiada por sua atuação e nível de maturidade nas práticas voltadas para a promoção de mulheres.
A CEO afirma que para chegar às metas previstas para 2030 (prazo oferecido pela ONU para que os ODS sejam implementados) é preciso acelerar as nossas ações.
Ela estende essas ações do âmbito da empresa para o social. Ou seja, não somente nas nossas empresas, como também as suas cadeias precisam ser alcançadas, aumentando o engajamento dos públicos de relacionamento nessa missão.
Para Tânia a equidade de gênero é um imperativo para os negócios, uma vez que aumenta o engajamento do time, aumenta a produtividade, e, enfim, o “make money”.
“Não podemos virar as costas para 50% da população economicamente ativa de mulheres”.
Tânia Consetino
Outro ponto abordado por Tânia foi o seu próprio testemunho de carreira. Ela iniciou sua carreira em um segmento majoritariamente masculino, por isso buscar ser um dos melhores exemplos de CEOs femininas e inspirar as mulheres pelo seu legado.
Algumas práticas foram abordadas por Tânia ao apresentar o caso da Schneider Eletric, que seguem abaixo:
- Empoderar a diversidade na empresa.
- Endereçar práticas inclusivas.
- Educar para comportamentos inclusivos e anti-discriminatórios, por meio de códigos de conduta ética e comunicação empresarial.
- Advocacy: explicar a todos o porquê de fazemos isso, uma vez que é uma jornada, não se faz isso “da noite para o dia”.
- Estruturação do Programa Suport He for She em 100 países.
- Recrutamento de 42% de mulheres.
- Meta de até 2020 ter 30% em cargos de liderança.
- Eliminar a diferença salarial.
- Inserir o tema na agenda da alta liderança.
- Medir, reportar e ter metas e cotas voltadas para o tema e para as práticas.
- Promover processos e práticas inclusivas interna e externamente.
- Abraçar a causa da violência feminina.
- Trabalhar cadeias de suprimento e nas comunidades em que atuam.
- Promover a qualificação técnicas na área de eletricidade e qualificá-la tecnicamente.
ENTENDIMENTO E MATURIDADE
Outra empresa que apresentou suas ações foi a White Martins. Representada pela Diretora de Recursos Humanos, Anna Paula Rezende, que falou em nome da empresa.
Ela ressaltou que é preciso ter em mente o grau de maturidade da empresa para que as práticas possam acontecer. Cada empresa precisa entender até onde ela pode chegar com essas ações.
Portanto, Anna apontou as boas práticas:
- Engajamento dos colaboradores – “o quê podemos fazer no nosso dia a dia para colocar essa agenda na empresa”.
- Fazer com que o público de relacionamento possa aderir à causa e se engajar nesse propósito.
- Ter uma estratégia de ação bem clara.
- Sonoridade – mulheres apoiando mulheres. Também inserir os homens nessa conversa (HeforShe).
- Envolver a alta liderança.
- Educar o público a respeito do tema.
- Constituir adesão a pactos formais e mostrar para a sociedade a adesão aos princípios do Weps.
- Fazer parceria com consultorias especializadas em diversidade.
- Buscar relacionamento com universidades para aumentar a exposição da marca empregadora para públicos voltados para a diversidade de raça, gênero, entre outros (Afro to watch, Women to watch, People to watch).
- Promover o “dia do homem” e o “dia da mulher”.
- Licença paternidade.
- Ter um banco de talentos com o foco em afrodescendentes e mulheres.
- Coaching, mentoring e sponrship (um olhar próximo para o desenvolvimento desses colaboradores dentro da empresa).
- Fazer comunicação regular a respeito do tema.
- Elaborar e divulgar guias, manuais, políticas e cartas aos líderes e colaboradores voltados para o tema.
- Coibir o preconceito e o assédio por meio do código de ética e promover um ambiente saudável que seja bom para todos.
AÇÕES ESTRUTURADAS
Para Verônica Raffo, sócia da Ferrere Uruguai, é preciso ir além de benefícios como “flores, massagens e cremes”, as mulheres precisam de ações estruturadas.
A Ferrere Uruguai também apontou suas boas práticas, algumas delas em sintonia com as ações que Ethel Zulli, Diretora Executiva da Fundação e gerente de Sustentabilidade da Renault Argentina, também sinalizou e que seguem abaixo:
- Mentoria cruzada, com homens e mulheres de cargos seniores trocando experiências com as mulheres da instituição.
- Networking: programa institucional em eventos para as mulheres da empresa (auxiliar na abertura da rede de contatos e lugares para poder compartilhar).
- Work Balance Life por meio do home office e de um horário flexível.
- Programa de Mentoria para a Maternidade e os primeiros anos dos filhos: profissionais com experiência e vivência na maternidade compartilhando com as futuras mamães. Além de dar suporte, podem assessorar na gestão desses períodos.
- Trabalhar os modelos mentais internos a respeito do tema.
- Trabalhar a rede colaborativa.
- Colocar mulheres em espaços de decisão.
- Promover processos de seleção voltados para a diversidade.
- Não aceitar comentários sexistas no ambiente de trabalho.
- Fazer reuniões com equipes mistas.
- Divulgar vídeos e relatos de histórias de vida das mulheres nas organizações – gerar exemplos e modelos que inspiram.
- Fazer premiações e dar visibilidade para as mulheres, as colocando como protagonistas nas áreas que atuam.
PRÁTICAS CONSOLIDADAS
Suellen Gaeta, Gerente de Certificação e Cumprimento de produtos, da empresa Cummins América Latina, contribui com mais algumas práticas que já estão consolidadas na empresa e podem servir de lições aprendidas para as organizações que buscam implementar a temática em seus contextos.
Na Cummins, há um trabalho forte na atração, retenção, desenvolvimento, comunicação e tecnologia. Entre suas práticas, estão:
- Programas de Executive Speechs que tratam da carreira profissional e equidade de gênero.
- Rituais corporativos para mostrar como a empresa está tratando o tema.
- Metodologias para medir e buscar a meta de 50% de homens e 50 % de mulheres ocupando os cargos da empresa.
PROMOÇÃO DE DIÁLOGO ENTRE AS GERAÇÕES
Outro ponto abordado foi a importância de promover o diálogo entre as gerações de mulheres.
- Programas como Conexão Geracional e Transferência de Conhecimento, que possibilita o aumento do número de mulheres em cargos de alta responsabilidade.
- Criação da plataforma + Mulheres.
- Programas como o Inspiring Girls, uma organização dedicada a aumentar a autoestima e a ambição profissional das meninas colocando-as em contato com Mulheres empreendedoras dos setores de tecnologia, ciências, engenharia.
CONCLUSÃO
Mulheres representativas da empresa Schneider Electric concederam uma entrevista para Ana Paula Arbache, representando a Arbache Innovations. Tânia Consentino CEO América do Sul e Maristella Marante Diretora Global falaram a respeito das práticas da empresa Schneider.
Essa entrevista exclusiva, fotos do evento e outras informações podem ser acessadas em nossa página Mundo Melhor Empoderamento Feminino da Arbache Innovations.
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