Carreira

GIG ECONOMY, ou NUVEM HUMANA? Onde está a empregabilidade nessa tendência?

Inovador, acelerado, desafiador e complexo, podemos traduzir os novos tempos a partir dessas quatro palavras, principalmente se estamos falando do mercado de trabalho. A recorrente frase: “nada será como antes”, expressa esse período que estamos vivendo. A reboque das inovações tecnológicas que abastecem a chamada “revolução 4.0”, essa era cognitiva nos coloca em xeque-mate, quando estamos refletindo a respeito de nossa carreira e da empregabilidade.

Nós somos hoje retirados de nossa zona de conforto, quando temos que pensar em empregabilidade. No Brasil, os dados gerados pelo Relatório da OIT – Organização Internacional do Trabalho – publicado pela ONU (2018), indica que, apesar de ter uma projeção de queda no número de desempregados, de 13,4 milhões em 2017, para até 11,2 milhões em 2019, ainda teremos muitos brasileiros buscando um lugar para trabalhar. A economia não está criando empregos suficientes, principalmente em países em desenvolvimento e emergentes (ONU, 2018), (CHADE, 2018), e, quando inserimos nesse debate os desafios trazidos pelas inovações tecnológicas, muitos ficarão de fora dos empregos criado por tais inovações. A demanda por profissionais qualificados que entendam o novo vocabulário do mundo do trabalho, como: “IOT, BITCOINS, BLOCKCHAIN, BIG DATA, REALIDADE VIRUTAL AUMENTADA, (MONTEIRO, 2017) entre outros, pode não ser atendida por aqueles que hoje, buscam uma vaga de emprego.

No Brasil, a nova reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro de 2017, também impõe novas formas de se pensar o emprego, flexibilizando modelos e trazendo novas formas de se pensar empregabilidade.

Resumindo, novos tempos trazidos pela revolução tecnológica, número significativo de desempregados e a nova reforma trabalhista temperam o ambiente de contratação de talentos. A GIG ECONOMY é uma tendência que nos ajuda a encontrar um caminho, para uma maior empregabilidade nesse cenário tão desafiador. Conhecer as potencialidades dessa oportunidade e os riscos inseridos na mesma, é um importante passo para aqueles que não ficarão somente de expectadores das transformações. Seguem abaixo os conceitos que envolvem o tema e, para saber mais um pouco acesse a plataforma e mentoring Arbache e agende uma sessão de talking about com nossos mentores, acelere o seu aprendizado e desenhe a sua oportunidade nessa nova era.

Conceitos-Chaves:

O que é Gig Economy ou Freelance Economy?

Também conhecida como “Freelance Economy” ou “Economia sob demanda” é o ambiente ou mercado de trabalho que compreende, de um lado, trabalhadores temporários e sem vínculo empregatício (freelancers, autônomos) e, de outro, empresas que contratam estes trabalhadores independentes, para serviços pontuais e isentos de regras como número de horas trabalhadas (o chamado “horário comercial”). (DERMEVAL, 2017).

Prós e contras de aderir à Gig Econony:

É uma mentalidade, uma forma de estar na vida, que tem as suas vantagens (por ex. estímulo à criatividade, flexibilidade e gestão do tempo – o que não quer dizer que se trabalhe menos horas…), mas também tem vários constrangimentos (por ex. um esforço intenso para captação de projetos – new business – e maior pressão por não existir uma remuneração fixa mensalmente, vulgo salário). (PELICA, 2017)

Como trabalhar na Gig Economy?

Uma das melhores adições, ou aprimoramentos para a Gig Economy poderia ser cooperativas e áreas de trabalho compartilhadas, que permitem que vários freelancers se juntem em um único escritório neutro ou em um ambiente geral de trabalho. (ALTON, 2017)

Quem já aderiu a Gig Economy?

De acordo com Mena (2016), “um estudo feito pelo JPMorgan Chase Institute revela que o número Gig Workers nos Estados Unidos cresceu 10 vezes desde 2012 e que 4% de adultos já trabalhou, ao menos uma vez, nesse mercado”. (MENA, 2017).

Quadro 1: Comparativo Vantagens e Desvantagens da GIG ECONOMY ou NUVEM HUMANA.

Fonte: Ana Paula Arbache.


Referências Bibliográficas:

ALTON, Larry: Why Co-Ops And Shared Workspaces Are Exactly What the Gig Economy Needs. Abril/2016. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/larryalton/2016/04/29/why-co-ops-and-shared- workspaces-are-exactly-what-the-gig-economy-needs/#4035b7ad1ab3. Acesso em 12/08/2017.

CHADE, Jamil. Número de desempregados no Brasil cairá em 1,4 milhão até 2019, prevê OIT. In: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,numero-de-desempregados-no-brasil-caira-em-1-4-milhao-ate-2019-preve-oit,70002160781. Acesso em 01/02/2018.

FRANCO, Dermeval: Economia GIG e o novo mundo do trabalho – Você está preparado? Fevereiro/2017. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/economia-gig-e-o-novo-mundo-do-trabalho- voc%C3%AA-est%C3%A1-preparado-franco. Acesso em 30/09/2017.

MENA, Isabela: Verbete draft: O que é GIG Economy. Maio/2016. Disponível em: http://projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-gig-economy/. Acesso em 12/08/2017.

MONTEIRO, Gabriela. O RH E O EMPREGO DO FUTURO. (Trabalho de Conclusão de Curso). MBA Gestão Estratégica e Econômica de Recursos Humanos Fundação Getúlio Vargas. São Paulo, 2017.

PELICA, Rita: Bem-vindos à ‘Gig Economy’! Maio/2017. Disponível em: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/bem-vindos-a-gig-economy-155315. Acesso em 12/08/2017.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. OIT: desemprego e déficits de trabalho decente continuarão altos em 2018. In: https://nacoesunidas.org/oit-desemprego-e-deficits-de-trabalho-decente-continuarao-altos-em-2018/. Acesso: 01/02/2018.

Ana Paula Arbache

Ana Paula Arbache

Pós-doutora em Educação pela PUC/SP. Doutora em Educação pela PUC-SP. Mestre em Educação pela UFRJ. Certificada pelo Massachusetts Institute of Technology/MIT- Challenges of Leadership in Teams (2015), Leading Innovative Teams (2018). Docente dos cursos de MBA e Pós MBA da Fundação Getúlio Vargas. Orientadora e avaliadora de trabalhos de pós-graduação. Sócia Diretora da Arbache Innovtions, responsável pelas ações de Gestão de Pessoas, Liderança, Governança Corporativa, Sustentabilidade Ética, Social e Ambiental e Elaboração e Aplicação Jogos de Negócios. Pesquisadora e autora das obras: A Educação de Jovens e Adultos Numa Perspectiva Multicultural Crítica (2001), Projetos Sustentáveis Estudos e Práticas Brasileiras (2010), Projetos Sustentáveis: Estudos e Práticas Brasileiras II (2011), Sustentabilidade Empresarial no Brasil: Cenários e Projetos (2012), A crise e o impacto na carreira (2015), O RH Transformando a Gestão – Org. (2018). Certificação em Coaching e Mentoring de Carreira para Executivos. Mentora do Capítulo PMI/SP. Curadora e Colunista do blog arbache.com/blog e Página Mundo Melhor de Empoderamento Feminino Arbache innovations. Fundadora do Coletivo HubMulheres. Palestrante em encontros nacionais e internacionais.

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