Carreira Estratégia

Vamos Negociar?

Desde que nascemos até o último dia da nossa vida estaremos negociando. Seja chorando em busca de alimento ou atenção, quando ainda não falamos, seja com nossos pais, professores, pares, empregadores, fornecedores… Se pararmos para pensar, 50% da nossa existência (no mínimo) é dedicada a esta arte de negociar. E o curioso disto, é que se pasássemos 50% ou mais tempo da nossa vida praticando um determinado esporte, provavelmente seríamos excelentes na modalidade. No caso da negociação, mesmo sendo uma situação cotidiana, podemos não perceber o impacto das nossas ações (e omissões) neste jogo tão interessante, e estarmos perdendo há anos por falta de habilidade e olhar focado. Negociação, do latim, negotium, literalmente significa “ausência de descanso, de folga. Verdade, a negociação requer um empenho diferente, pois dependendo de como conduzimos nossas negociações, poderemos manter ou distanciar pessoas. Buscar aceitação das nossas ideias, propósitos e interesses através de uma aceitação consensual, que possa satisfazer todas as partes envolvidas é de fato, uma arte que devemos aprimorar dia após a dia. No mínimo, deve haver uma boa comunicação, transparência, flexibilidade, credibilidade, motivação; significa planejar, antever as variáveis, ter na manga o plano B, quiçá o C, e não se valer tanto do jogo de cintura ou jeitinho brasileiro para administrar eventuais conflitos que surgirem no caminho, por isso da importância do planejamento. Ser bem informado, articulado e principalmente, saber se locomover com certa maestria avançando e recuando quando necessário. Apesar do ato de negociar ser inerente à natureza humana, isso não é sinônimo de dizer que “nascemos prontos”, muito pelo contrário, esse assunto é fascinante e comporta muito aprendizado.

As estratégias de negociação são divididas em duas abordagens: negociação distributiva e negociação integrativa. Na distributiva, já se parte do pressuposto que os interesses das partes são opostos, ou seja, é o tipo ganha-perde. Já na negociação integrativa, parece-me que há um cuidado maior no entendimento das intenções das partes, (que abrem mais informações), podendo haver benefícios equitativos para todos os envolvidos, maximizando seus interesses por ultrapassarem a negociação ganha-perde a ponto de enxergarem benefícios mútuos, além de contruírem relações mais duradouras.

Estar atento caso a caso para obtermos melhores resultados é sempre produtivo e agregador. As pessoas pensam e sentem de forma diferente, e buscar este equilíbrio parece ser o melhor caminho para todos chegarem ao êxito. Termino este texto com uma frase de Mário Sérgio Cortella que diz “Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso?

Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.”

Um excelente final de semana a todos,

Ana Luiza

 

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Ana Luiza Alves Lima

Nascida em Santos, São Paulo, Brasil. Advogada e Consultora na Gestão de Pessoas em São Paulo – SP, Brasil. Formação: Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Santos (UniSantos-SP); Pós-graduado em Gestão de Seguros (Fundação Getúlio Vargas – FGV-SP); Consultora do Serviço Nacional do Comércio (SENAC para cursos livres e de pós graduação) e Administração de Recursos Humanos, pelo SENAC/SP. Membro da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de São Paulo e da Associação dos Advogados de São Paulo.

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